Em 2018, o número de pessoas que navegam na Internet superou a marca de 4,1 bilhões. Apenas no Brasil, são quase 120 milhões de usuários. Os números relacionados a isso não param de crescer e, nos últimos anos, muito se tem falado sobre a deep web e os perigos dela, mas você sabe o que é?

A Internet é uma rede de computadores interligados pelo mundo inteiro. Uma parte dela pode ser acessada pelos mecanismos de busca como o Google ou o Bing (da Microsoft), por exemplo, e provavelmente é a única que você conhece. É a chamada surface web (ou “internet superficial”, em português).

Na surface web, você vai encontrar o site da sua escola de inglês favorita (euzinha, no caso), sites de notícias e suas mídias sociais, entre outros. No entanto, mesmo parecendo ser muito, todos esses sites só representariam 4% do conteúdo existente na rede.

É aí que entra a deep web (internet profunda), que são os conteúdos não “indexados”. Imagine um iceberg. Apenas uma parte dele é visível, mas isso não significa que ele se reduza a isso. Ou seja, os sites da deep web não podem ser localizados com mecanismos de busca, mas isso não quer dizer que não estejam na rede. Eles só necessitam de mais “esforço” da parte de quem deseja acessá-los.

Chrome? Pode esquecer

As redes têm dados codificados e os sites têm endereços .onion ou outros, em vez de .com, e só podem ser acessados utilizando navegadores específicos (não, não dá pra acessá-los com seu Chrome, Firefox ou Edge). É o caso do Tor ou do FreeNet.

Esses navegadores, além de permitirem o acesso aos sites da deep web, auxiliam o usuário a esconder sua identidade. E é aí que mora o perigo. Os defensores da deep web costumam dizer que essa é apenas uma forma de defender a liberdade de expressão e a privacidade do usuário.

Eles são, com frequência, defensores de uma rede sem regulamentação por parte dos governos. O problema é que, com toda essa proteção, muita gente aproveita para praticar crimes e difundir conteúdos falsos.

Por outro lado, também é possível encontrar informações censuradas pelos governos e outras que os amantes de teorias da conspiração adoram. O Wikileaks, por exemplo, começou a compartilhar dados sobre o Governo dos Estados Unidos nessa parte da rede.

Dark web

A dark web (“Internet obscura”) é a versão ainda mais secreta e codificada da deep web. Apenas experts e usuários avançados chegam a essa parte da redee nem quem publica os conteúdos é identificado.

Isso pode ser utilizado para praticar crimes, claro, mas também pode ser uma forma de combater a utilização de informações pessoais por parte dos mecanismos de busca e até pelo governo.

Por essa razão, não só hackers e criminosos utilizam a deep web, como se costuma imaginar, mas também jornalistas e pessoas que não podem revelar suas identidades por questão de segurança.

Inglês é o idioma da Internet

De acordo com o site Internet World Stats, mais de 25% de todo os usuários de Internet no mundo falam inglês. São quase 1,5 bilhão de pessoas. As pessoas que falam português totalizam quase 300 milhões e são responsáveis por 4% do total, atrás das que se comunicam em chinês, espanhol e árabe.